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A travessia da Cordilheira dos Andes, com seus quase 5.000 m altitude, foi o grande momento da viagem até aqui. Não saberia usar as palavras adequadas para explicar o que significa fazer a travessia Argentina-Chile pelo rípio do Paso Agua Negra. Este caminho é bloqueado pela neve o ano inteiro e somente no verão, quando o gelo começa a derreter, é possível a passagem.
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Antes de subir, silêncio total. Medo e tensão no limite do imaginável. Nada poderia dar errado hoje, nenhuma quebra, nem um furo de pneu e muito menos um erro na condução da moto. Hoje não. A respiração muda, a boca fica seca e instintivamente a perna treme. Vergonha? Nenhuma. A altitude exige muito respeito e cobra um preço muito caro para quem a desmerece. Não se tem socorro fácil e rápido do rípio lá em cima.
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Os metros vão sendo vencidos e o frio começa a apertar. Um vento forte e gelado é o fiel companheiro. O piso é pior que imaginei: muitas pedras soltas, escorregadio. É como se você andasse na areia mas com diâmetro dos grãos maior. Uma sensação parecida com andar sobre bolas de gude, acredito. Os primeiros gelos vão aparecendo e o termômetro que instalei na moto marcava 5ºC. É preciso estar preparado para o frio e o forte vento. É verdade que alguns lugares são mais protegidos e então tirar foto é fácil. Em outros, desprotegidos do vento, os dedos travam e bater uma foto vira tarefa complicada.
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Cenários improváveis e indescritíveis surgem a cada curva. Como a natureza é impressionante!
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Eu já havia cruzado a Cordilheira dos Andes em duas outras oportunidades: pelo Paso de Jama, para quem vai da Argentina ao Deserto do Atacama, e o Paso Cristo Redentor, que liga a Argentina à capital chilena. Todos são belos diga-se de passagem. Em Jama temos trânsito de caminhões durante todo o tempo. No Cristo chega a ser monótono tamanho movimento de carros e caminhões. No Paso Agua Negra, além de ser mais alto, é deserto, no rípio e o socorro não é fácil. É por isso que muitas pessoas vem aqui em busca de adrenalina e testar seus próprios limites.
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Eu já havia cruzado a Cordilheira dos Andes em duas outras oportunidades: pelo Paso de Jama, para quem vai da Argentina ao Deserto do Atacama, e o Paso Cristo Redentor, que liga a Argentina à capital chilena. Todos são belos diga-se de passagem. Em Jama temos trânsito de caminhões durante todo o tempo. No Cristo chega a ser monótono tamanho movimento de carros e caminhões. No Paso Agua Negra, além de ser mais alto, é deserto, no rípio e o socorro não é fácil. É por isso que muitas pessoas vem aqui em busca de adrenalina e testar seus próprios limites.
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Consegui. Passei pelo rípio do Agua Negra sem quebras, quedas ou algum mal de altitude. É um duro teste psicológico e uma grande conquista pessoal. Vários gritos foram abafados dentro de meu capacete, pura euforia. Alguns gritos são impronunciáveis.
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Deixo aqui registrado meu respeito a quem já fez essa travessia. Não importa com que meio de transporte e em grupo. O importante mesmo é ir, ver e sentir tudo que eu tive a oportunidade de viver hoje. Que grande dia eu tive!
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Deixo aqui registrado meu respeito a quem já fez essa travessia. Não importa com que meio de transporte e em grupo. O importante mesmo é ir, ver e sentir tudo que eu tive a oportunidade de viver hoje. Que grande dia eu tive!
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Obs: depois posto o resumo pois ainda não calculei nada e tenho muito chão pela frente.
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Obrigado pela companhia.
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Abs
Que orgulho do meu marido....
ResponderExcluirSei que para enfrentar uma jornada dessas é preciso mais do que coragem e diposição.... tem que ter sangue misturado com gasolina! Tem que ser louco com o espírito aventureiro. E ter o mototurismo como um lema de vida....
Aproveite cada brisa, meu amor. Descubra o inesperado, surpreenda-se com a maravilha de ser um "motolouco" por adrenalina.
E, depois disso tudo, volta pra mim!!!!!
Até a próxima viagem, claro.
Mas nessa eu vou junto.... ah, se vou!
Te amo!
Claro, Manu
ResponderExcluirEstaria mais tranquila se estivesse juntos. Fiquem com Deus. bjs Juliana.
você é o cara!!!
ResponderExcluirThiago Duarte Machado.