Puerto Madryn, Argentina, 12 de Janeiro 2012

O Atlântico.Pena que uma forte poeira estragou a foto.
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Incrível
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Namoro na estrada I
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Namoro na estrada II
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Repara a areia no chão. E ainda tirei muito mais que estava acumulada no compartimento.

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Opinião Manu:



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É incrível observar a mudança brusca na paisagem que hoje aconteceu ao longo da nossa viagem. Além da paisagem, também mudou muito o clima. Agora começa a ficar quente, muito quente. Tudo mudou drasticamente em um intervalo relativamente curto.



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A Patagônia Argentina se revelou para mim uma terra onde há uma conjunção perfeita de lagos, rios, montanhas, vales e estepes. Uma sucessão de imponentes paisagens, onde o contato com a natureza é extremo. É um destino inesgotável, onde a natureza manifesta sua grandeza em todo seu explendor. Agrada a todos, com certeza. Desde o que estão em busca de aventura quanto os de alma mais contemplativa...



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Como diria Friedman, nosso amigo alemão que fizemos nesta viagem, " a natureza aqui é tóxica".



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Opinião PV

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Nosso pneu traseiro está perfeito: já rodamos quase 1.500km desde o reparo na estrada e não há nenhum vazamento. Agradeço novamente ao Gutti, mecânico de confiança em Caratinga-MG, pelo material e pela aula.

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Atravessamos o Estreito de Magalhães e desta vez o mar estava bravo. Enquanto eu estava na fila numa sala para pagar a travessia, Manuela lutava para manter a moto de pé. A grande balsa sacudia demais. Tensão total. De volta ao continente, estamos subindo direto pela RA 3, rota preferida dos que se aventuram para o sul, pois o caminho é todo asfalto até Ushuaia. Bem, só o trecho entre Cerro Sombrero e San Sebastian (120km, onde nosso pneu furou) é de rípio e não tem por onde fugir, tem que ir pela terra mesmo.

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Na RA 3 o vento continua forte e gelado. A moto anda de lado, é impressionante. Sempre encontramos motociclistas descendo para sul por esta rodovia, muitos brasileiros. Quanto ao cenário, é muito pobre, chamado de estepe. Não há pontos de referência. Nada. Fica até monótono. Lembrei de uma conversa há pouco mais de um ano com Sanderval, experiente motociclista do Moto Clube de Campos e que conhece tudo sobre os caminhos austrais de Argentina e Chile, que me alertava o seguinte: "as belezas da Argentina estão nas extremidades". Sábio Sanderval. Confirmamos com nossos próximos olhos. O caminho por este asfalto só não é mais chato pq é preciso ter atenção a todo momento com os guanacos que atravessam a rodovia. Vimos muitos animais atropelados, infelizmente. Eles se confundem com a paisagem e nem sempre é fácil notá-los a tempo de reduzir. O guanaco é um bicho tão medroso que sempre que a moto/carro/caminhão se aproxima, ele corre numa direção qualquer. E é aí que você precisa estar esperto para não estragar o passeio.

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A partir de Caleta Olivia, onde encontramos o Oceano Atlântico, a temperatura começou a subir. De agradável a quente num piscar de olhos. Não é o melhor clima para viajar de moto, definitivamente. Já começo a sentir saudades do clima das maiores latidudes. Pelo menos uma coisa melhorou: o cenário. Com o oceano ao lado da RA 3, o incômodo da temperatura é até amenizado.

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De Ushuaia a Puerto Madryn foram 1.893km. Nestes últimos 300km percebi um pequeno problema na moto: ela não passa dos 7.000 rpm. Consigo manter os 120km/h e máxima de 130km/h mas as ultrapassagens precisam de atenção redobrada. Gosto desta moto principalmente pelo torque que ela tem - e isso é fundamental para tranquiladade nas ultrapassagens - e precisamos resolver esse problema. Retirei o filtro de ar e havia muita sujeira nele, apesar de eu ter saído de MG com um zero quilômetro. A moto ficou pouco mais "esperta" mas continua com essa barreira. Amanhã levarei o filtro num borracheiro (para usar o compressor de ar) e tomara que fique boa de novo. Outra possibilidade é problema na bomba de combustível e e$$e é um grande problema.

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Obrigado por fazer parte desta viagem!













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